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domingo, 30 de outubro de 2011

Nordeste Gourmet , Vinhos e Dendê..

Minha geeente!

Semana maravilhosa e repleta de reuniões, uniões, parcerias e muita energia positiva que pairava no ar, sentida por todos que estavam participando do Nordeste Gourmet 2011!!!
Fui convidada por Vanessa Bellini, junto com a Chef Patissier, Mércia Costa, para produzirmos degustações para o stand da Nova Mercantil (Equipamentos, Acessórios, Utensílios para Padarias, Supermercados, Restaurantes, Lanchonetes e Hotéis). Fizemos Pão de Mel e Palha Italiana. Sucesso absoluto!!!

Estive com várias pessoas ligadas a área, encontrei com algumas que não via a um bom tempo, conheci outras e como disse Mércia estavamos num parque de boas diversões. Encontrei com meu Patrono o Chef e Prof. Rafael Zacarias, o Paraninfo Beto Pimentel e a querida Elíbia Portela.
Sommeliers: Jason Wines, Roberto Silvany (Ana Import), Carla (Adega Bardo) Benício (Vineria), Lu Odylia (Tio Sam) e Scheila Bulhões (Casa dos Vinhos) e Marcelo Santos, Chef Patissier Silvia Maria, Alcione Brandão e Ely Gonçalves (UNIJORGE).

Encontrei com a querida Katia Lins, Diretora Executiva da Transforme - Consultoria de Recursos Humanos), lembrou-se do evento que havíamos nos conhecido e também do prato que preparei e que ela nunca havia provado. Tanto ela como os outros participantes gostaram muito e ainda pediram bis! Mas menu degustação é pequeno mesmo...rs..para ficar com gosto de quero mais!
O evento foi sobre Harmonização de Vinho e Comida, sob o comando de José Carlos Santanita, a proposta feita era para eu elaborar 3 pratos com diferentes tipos de cocção para a degustação. Então fiz; Frango à Passarinho assado, Papillote de Frango com Legumes e a Moqueca de Frango. Todos os participantes adoraram, Elíbia Portela gostou tanto, que pediu a receita para ser publicada na sua coluna de culinária no Jornal Tribuna da Bahia. A foto não é minha, pois no corre-corre da cozinha, não tive tempo para fotografar a minha montagem que foi com arroz branco e pimenta biquinho mas ficou muito parecida.

Ah! A moqueca de frango hamoniza muito bem com um Espumante Brut. Seguem abaixo, a receita da moqueca e texto sobre o Dendê (parte) do livro de Guilherme Radel "A Cozinha Sertaneja da Bahia".


Saudações gastronômicas!!!


Moqueca de frango
Ingredientes:
1 kg de peito de frango cortado em cubos, ½ colher de chá de pimenta-do-reino, suco de 1 limão, 1 colher (sopa) de óleo azeite de oliva, 2 cebolas em cubos, 1 pimentão verde médio (cubos), 1 pimentão vermelho médio (cubos), 1 pimentão amarelo médio (cubos), 3 tomates sem pele e sem sementes, picados em cubos, 3 colher (sopa) de azeite de dendê, 200ml de leite de coco de caixa (Sococo), 1 colher (sopa) de coentro picado

Modo de Preparo: Temperar os pedaços de frango com pimenta-do-reino e o suco de limão e deixe descansar por cerca de 20 minutos. Aqueça o óleo e doure a cebola, os tomates e os pimentões e misture bem, acrescente o frango e refogue um pouco, despeje 1 xícara de água fervente. Abaixar o fogo e cozinhar por cerca de 40 minutos. Quando o frango estiver macio e o molho apurado, junte o azeite de dendê e deixe apurar por 10 min, junte o leite de coco, acerte o sal e coloque o coentro e deligue o fogo. Sirva com arroz branco. (rendimento 4 pessoas).


O Dendê:
" O azeite de dendê é extraído da fruta (coco) da palmeira chamada dendezeiro. (Elaieis guineensis), trazida da África pelos escarvos e plantada na Bahia, inicialmente em Salvador, transbordando-se mais tarde para todo o Recôncavo. O dendê é a base da cozinha afro-baiana. Contam-se nos dedos pratos afro-baianos que não levem azeite de dendê.
Ainda no século XVI, não se tem referência ao seu uso na Bahia. Nos séculos XVIII e XIX, o dendê conheceu seu maior esplendor em Salvador, substituindo, por adaptação o azeite de oliva  nos pratos de origem portuguesa e aumentando dia a dia o receituário afro-baiano com pratos que nunca existiram na África, como o vatapá. No XVIII, passou a ser servido na mesa dos senhores, deixando de ser tempero da cozinha dos escravos. A substituição da cunhã (indígena) pela mucama (escrava africana) foi fundamental para a reinação do dendê na cozinha baiana de Salvador e do Recôncavo, chegando no século XIX ao seu maior esplendor, quando frituras, ensopados e refogados passaram a ser feitos diariamente com o uso do dendê.
O dendê, conhecido em Angola como dem-dem, dá sabor aos pratos e adiciona uma coloração vermelha que é uma verdadeira festa para os olhos. A primeira referência ao azeite (óleo) de dendê quem a faz é Filippo Pigafetta, no seu livro Relatione del Reame di Congo, impresso em Roma em 1591, descrevendo como era feito no Congo o azeite de dendê: espremem daqueles frutos como o azeite das azaitonas; cozem-no para conservar. Já havia, no final do século XVI, azeite de dendê usado como alimento no Congo, contudo não se tem notícia dele por aquela época nem em Guiné, nem em Angola, de onde nos veio os dendezeiros. No fim do século XVII, o azeite de dendê já era fabricado na Bahia, mas, com o crescimento vegetativo da população negra de Salvador e com o aumento explosivo do tráfico de escravos no século XVIII, a Bahia foi obrigada a importar azeite de dendê de Angola e Daomé. No final do século XIX, quando se dá o início do declínio do dendê nas mesas baianas, continuado a reinar, contudo, em Salvador e em quase todo o litoral baiano, publica-se no Rio o livro Cozinheiro Nacional, contendo 1594 receitas ditas "brasileiras" e em nenhuma delas se faz referência ao azeite de dendê. É de pasmar a ocorrência de tal omissão, num livro que se intitulava de "nacional". O azeite de dendê é um excelente alimento, quando usado com comedimento, sem a presença do leite de coco, que é quem provoca o efeito laxativo que lhe imputam. O azeite de dendê é uma fonte riquíssima em provitaminas A: um centímentro cúbico (um dedal) contém 1.000 a 3.000 unidades de beta-caroteno.

Um comentário:

  1. Amei! Foi um evento maravilhoso, sem dúvidas! Uma energia 1000, e que venham muitos outros! Beijo amiga.

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